sexta-feira, 1 de abril de 2011

Criatividade

O ócio criativo.
Por Gabriela Assis de Sousa

“Eleja prioridades – ao lado da nobre arte de conseguir fazer as coisas, existe a nobre arte de deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial. (Lin Yutang, filósofo e escritor chinês).”

“Você já parou para pensar quanto tempo perdeu por não parar para pensar...”

Quem é consciente utiliza o tempo de forma positiva. Quem é dono do seu tempo o utiliza com liberdade para trabalhar, meditar, cria e contemplar. Jamais ao consumo desmedido. No lazer praticamos uma atividade social e contemplativa e até consumista, porém o ócio é algo mais difícil de aceitar, com uma sociedade capitalista, que não se desliga nem um minuto do mundo e sua correria.

Quantas vezes estamos pensando em ler um artigo de jornal, revista ou livro em horário de trabalho e nos sentimos culpados, mesmo que seja um tema referente ao trabalho, e se não for relacionado ao trabalho? Nossa! Sentimos-nos verdadeiros criminosos. Como é triste esse sistema que tem essa visão, tudo que nos cerca pode se tornar influencia para o nosso processo criativo e construtivo.
Quando nos desprendemos de nossos problemas é que as soluções surgem de formas tão obvias que nos assustamos. Não sei se já aconteceu com você, mas, comigo é comum, quando estou procurando algo que perdi assim que me distraio da procura esbarro com objeto que procurava. Pois dito e feito com problemas no serviço e na vida, quando saímos de perto e abrimos nossa mente à resposta chega, soluções ou criações.
Há alguns dias eu estava assistindo a TV e vi um comentário do “filosofo” Mario Sergio Cortella, ele explicava a etimologia da palavra TRABALHO que vem das palavras tri – palho ou traduzindo três paus (que era uma cangalha que os animais ou escravos usavam para arar a terra na época medieval) e por isso até hoje em nossa sociedade temos incutindo em nossas raízes a idéia de esforço, de castigo, de tortura, diferente de outras culturas que tem a palavra trabalho a tradução de LABOR, laborar que tem como sentido a tradução de ciências de laboratório, de estudo, conhecimento, temos também do grego a palavra POESIS que deriva da palavra poesia traduzindo o trabalha como uma arte, um prazer em fazer algo produtivo.
Talvez por isso e tantas outras visões erradas de trabalho que temos.

Eu quero sugerir o ócio criativo. Não é trabalhar só pela “recompensa”: o salário a promoção mas, sim trabalhar para evoluir, trabalhar para ajudar o próximo, para temos uma sociedade mais justa e igualitária, para uma divisão melhor de riquezas e para o menos esforço. Não penso que isso seja algo utópico, eu já o faço e conheço algumas pessoas que tentam como eu usar a tecnologia a favor do ser humano e não como de opressão e escravização. As artes, música, literatura, teatro, cinema nos ajudar a discernir e nos torna mais criativos eu diria aguçados, para produzir melhor...
Viva a Poesia.

Um comentário:

  1. Gabi, adorei o seu texto. Nada é extremamente difícil de se fazer. Basta ao menos começar. Também tenho esta sensação de que quando damos aquela paradinha no trabalho (seja ele fazer um relatório ou limpar o banheiro)de estar fazendo algo que não será aprovado. Mas afinal de contas, fazer uma leitura, ouvir um comentário de um jornalista na rádio... contribui para algo produtivo para nós mesmos.
    Fabiola

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